DEZ ANOS DE PARÓQUIA
Neste fevereiro, Padre Diogo completa 10 anos como Pároco da nossa Paróquia Santo Antônio. Por isso mesmo é que buscamos do Padre Diogo o que significa isso para sua missão apostólica. Como recebeu a notícia de que viria para a Paróquia de Santo Antônio? Já conhecia a Paróquia, tinha propósito de vir a ser pároco dela? Ao invés de perguntas e respostas, abrimos espaço para o relato solto do Padre Diogo. Queremos saber também sobre sua experiência nessa caminhada e se permanecerá na Paróquia. A propósito, qual e como se dá o procedimento da Diocese para escolha e manutenção de um pároco? E para concluir, pedimos breve explicação do que é a Campanha da Fraternidade com seu tema para este ano 2008 e da importância dos nossos paroquianos para o trabalho desempenhado pela OSCOPSA. Se tem ainda algo que considere importante relatar, o espaço está aberto.
Com a palavra, Padre Diogo.
- No dia 20 de fevereiro de 2008 estarei completando 10 anos de pastoreio na Paróquia de Santo Antônio. Para mim foi motivo de muita alegria ter tido esta oportunidade de caminhar com uma comunidade tão especial como esta.
Quando aqui cheguei, muito apreensivo, pois vinha de um interior para onde fui assim que fui ordenado substituir um padre que estava na Paróquia há mais de trinta anos. Já bastante idoso, porém muito querido pelos paroquianos. Assustei no início, pois tinha apenas 24 anos e meio e era a minha primeira paróquia. Os primeiros anos foram muito difíceis, pois as pessoas mais velhas tinham receio de se aproximarem do padre jovem e as pessoas mais jovens não se interessavam muito com a religião. Aos poucos fomos conquistando a confiança dos mais experientes e a alegria dos jovens até que pudemos realizar um belo trabalho naquela Paróquia de São Francisco de Assis em Caeté.
Em 1997 o padre que eu substituí, Pe. José de Freitas veio a falecer. Dei por encerrada minha missão naquela paróquia, pois a pastoral já estava bem estruturada e a comunidade preparada para caminhar com outra liderança. Conversando com o Arcebispo, na ocasião Dom Serafim, foi proposta para mim a Paróquia de Santo Antônio da Av. do Contorno, onde estava o Padre José Pedro Mol. Eu disse ao Dom Serafim que fui ordenado padre para servir à Igreja e onde ela precisasse de mim eu estaria à disposição, e assim foi feito, em 20 de fevereiro de 1998 tomei posse como Pároco da Paróquia de Santo Antônio.
O mandato de um pároco pelo Código de Direito canônico é por seis anos, renováveis de acordo com as necessidades pastorais da Arquidiocese. O meu primeiro mandato vencia em 20 de fevereiro de 2004, mas como estava por trocar a direção da Arquidiocese, conversando com dom Serafim em setembro de 2003 foi prorrogado por mais seis anos, o que significa até setembro de 2009. Claro que sempre estarei à disposição da Arquidiocese para qualquer mudança que se fizer necessária, em qualquer tempo, pois conforme já disse quero servir à Igreja onde ela de mim, precisar.
Na Paróquia Santo Antônio termos a OSCOPSA, obra social que cuida da parte social da Paróquia e se mantém através das doações generosas dos participantes da comunidade, bem como do dízimo ofertado na Igreja. Claro que o objetivo primeiro do Dízimo é a manutenção do culto divino, ou seja, manter a Paróquia funcionando em todos os sentidos, custeando água, luz, telefone, funcionários, material de celebrações, sustentabilidade do padre, etc. Porém em nossa Paróquia o Dízimo é totalmente encaminhado para as obras sociais, mantendo assim a creche Crianças de Santo Antônio e o centro social em funcionamento. Os gastos do culto divino são custeados pelas coletas dos outros domingos, que não o 2º de cada mês e as espórtulas de missas e casamentos, bem como do que entra no cofre da capela de Santo Antônio.
Foi-me perguntado sobre a importância da Campanha da Fraternidade na caminhada da Igreja, e o que posso responder é que na nossa vida precisamos nos conscientizar da grande fraternidade humana que precisamos cultivar. A Igreja usa do período da quaresma para propor um tema que nos leva a refletir sobre como é importante vivermos como irmãos, principalmente dos mais necessitados. A próxima campanha será em direção ao valor da vida, levando-nos a refletir sobre as pessoas idosas e o resgate da dignidade daqueles que tanto trabalharam para que o mundo seja mais humano e melhor.
Em outra oportunidade falaremos de outros assuntos.
Pe. Diogo.
