terça-feira, 22 de abril de 2008

APLAUSO SONORO

APLAUSO SONORO
Em 1993 surgiu na nossa Paróquia Santo Antônio, biblioteca de cunho religioso idealizada pelo então Pároco, Padre Hélio.
Em conversa com a Sany, merecedora do mais sincero reconhecimento por sua indiscutível dedicação e carinho pela biblioteca, a evidência de uma pessoa que cumpriu e cumpre de maneira exemplar sua missão. Ela e todos que com ela participaram desses 15 anos em que foram obtidos mais de 2000 títulos somando mais de 3000 exemplares doados pela comunidade. Trabalho belíssimo que não termina com o fim da biblioteca, posto que todo este acervo continuou por merecer o fiel zelo da Sany. Ela então, de maneira criteriosa, distribuiu os livros doando-os para entidades culturais e para onde eles serão úteis e bem cuidados. Toda esta mobilização termina por ocasionar reações diversas. A própria Sany não esconde sua tristeza e pesar pelo término da biblioteca, mas com a sabedoria de quem consegue entender todo esse processo. Se a biblioteca tornou-se ociosa por falta de divulgação, tese defendida pela Sany, há também o entendimento de que mesmo com maior divulgação seria temerário afirmar que ela viesse a sobreviver. Esta é realidade que, a propósito, não limita-se à nossa Paróquia.
É mais do que sabida a falta de interesse da nossa população pela leitura. É mais que evidente a constante manobra das editoras em buscar recursos para sobrevivência de suas atividades. No processo editorial brasileiro é notícia corrente a busca por publicações ditas de bolso, com preços mais acessíveis e material menos sofisticado, para não falirem. Isto porque estamos em um país que não lê, que lê pouco ou, o que é pior, lê mal.
Qual de nós vê, ouve ou dá notícia de alguma campanha publicitária robusta desta ou daquela biblioteca? Está bem. Uma campanha menor, mais discreta. Pois é. Daí é que podemos perceber ser este um traço triste e sombrio da nossa cultura. Somos isso assim mesmo.
Pessoas como a Sany sofrem por saberem o que de fato isso representa. E neste sentido permito-me inclusive a considerar o fim da biblioteca da nossa Paróquia, como um bem, até pelo respeito que devemos dedicar aos livros e autores que dão vida e sentido à nossa literatura, para não dizer do esforço e paciência da Sany. O fim da biblioteca faz por merecer agora uma leitura maior de cada um de nós.
Você Sany, com ou sem biblioteca é uma heroína. O seu recado está dado. Resta a nós percebe-lo e por ele refletirmos o quanto é importante a leitura para nossa formação e crescimento. Receba pois, em agradecimento, nosso caloroso aplauso.
DOM WALMOR
Está marcada para o próximo 30 de maio seção em que o nosso Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor, tomará posse como membro imortal da Academia Mineira de Letras. Ele irá ocupar a cadeira deixada pelo também Arcebispo, Dom Joáo de Resende Costa.
Belo Horizonte. 22 abril 2008

terça-feira, 15 de abril de 2008

DÍZIMO

DÍZIMO
Nós estamos aqui como representantes da Pastoral do Dízimo. Todo segundo domingo de cada mês é dedicado para que façamos um sinal de generosidade para partilhar o que temos.
O dízimo é partilha. Partilha do ser e do ter. Ao fazermos o gesto de dar este gesto nos torna mais abertos a receber. Todo gesto de doar é gesto que enriquece o doador, porque Deus nos criou comunidade e não isolados.
Os dons que recebemos são diversos e o apelo de Cristo é partilhar. E ao partilharmos estamos tornando a sociedade mais justa e fraterna.
O dízimo que todo mês partilhamos é uma doação que vai ajudar a levarmos adiante as Obras Sociais da Paróquia Santo Antônio.
Um grupo de voluntários se encarrega de administrar essas doações na manutenção do Centro Social onde se realizam atividades em prol da comunidade.
Lá se concentram a creche, consultório odontológico, salas de reuniões de grupos como Alegria de Viver... Oportunamente falaremos de cada um em particular.
Para manter o Centro Social funcionando nós precisamos da colaboração de toda a comunidade.
É por isso que fazemos aqui um apelo para que no segundo domingo do mês, generosamente contribuamos com parte do que temos.
É um modo de nos responsabilizarmos pela Paróquia Santo Antônio.
Em todo segundo domingo há pessoas de plantão não só para recolher o dízimo como para inscrição de novos dizimistas.
Jesus disse: “Bem-aventurados os pobres.” Feliz é aquele que partilha. O pobre é aquele que partilha e quanto mais partilha mais rico se torna no Reino de Deus.
Professor Carloni

RETORNO
Distribuo o Comunidade e Vida no Minas Tênis Clube e como retorno a sensibilidade de uma leitora que fez uma doação para as nossas costureiras que estão precisando de flanelas para paletós das crianças carentes. Vivendo o espírito da coisa isto é que me fez muito feliz e agradecida.
Ângela Ferreira
RESPOTA
Unimos à Ângela no que refere-se à gratidão. Mas, permita-nos ir um tanto além, posto que também rendemos graça à própria Ângela que percebe o quanto é importante reportar isso para nossa comunidade. É por aí que entendemos haver a grande manifestação do espírito da coisa.
Belo Horizonte, 15 abril 2008

terça-feira, 8 de abril de 2008

CONVOCATÓRIA

CONVOCATÓRIA DA III ASSEMBLÉIA DO POVO DE DEUS




A toda a Igreja Viva: Povo de Deus, peregrino da Arquidiocese de Belo Horizonte

Amados e amadas de Deus:

Todos vós, "consagrados a Jesus Cristo com uma vocação santa, e a todos os que invocam, seja onde for, o nome de Jesus Cristo, Senhor deles e nosso: graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo... Fiel é Deus, que vos chamou à comunhão com seu Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso" (1 Cor 1, 2b-3.9).

Com imensa alegria, convoco a todos para a IIIª Assembléia do Povo de Deus de nossa amada Arquidiocese de Belo Horizonte. "Com os olhos fixos nEle" (cf. Lc 4, 20b), convido a todos a revermos nossa vida de fé, para que, em atitude orante, com profunda humildade, redescubramos a alegria do chamado que Ele nos fez, de sermos discípulos missionários, e nos coloquemos, uma vez mais, alegres, generosos, ousados, a serviço do Evangelho da Vida plena.

O desejo de convocar a III APD foi anunciado no dia 21 de novembro de 2007, na reunião do Conselho Presbiteral Arquidiocesano. Desde então iniciaram-se as consultas sobre as datas e metodologia. Entre os meses de fevereiro e abril o empenho para definir a metodologia, a qual, a seu tempo, será divulgada pelo Vicariato Episcopal para a Pastoral.

O caminho da IIIª APD será aberto, oficialmente no dia 04 de maio, Festa da Ascensão do Senhor, início da Semana de Oração para a Unidade dos Cristãos, prosseguindo até final de outubro, com as indicações e orientações que serão, oportunamente, encaminhadas. O texto inspirador para essa abertura será Josué 24 (cf. Js 24, 1-5. 14-15.21-28). Nesse dia, convoco a toda a Arquidiocese para um momento especial de adoração eucarística às 15 h. Unidos na oração, junto à Mãe Maria, desde a Catedral da Boa Viagem, em todas as Paróquias e Comunidades, tenhamos os olhos fixos em Jesus Sacramentado, onde, na escuta de Sua Palavra, poderemos iluminar a dinâmica desta III Assembléia.

Iniciamos na Quarta-Feira de Cinzas deste ano a publicação de nossa Carta Pastoral "Discípulos missionários de Jesus Cristo, como Paulo Apóstolo, interpelados pela Palavra de Deus, na vida e na missão da Igreja, rumo à III APD". É uma carta aberta, como instrumento de diálogo, reflexão e oração com todo o Povo de Deus, a ser enriquecida ao longo deste processo o qual, mais que avaliar estruturas, dinâmicas e funcionamentos, deverá avaliar nossa vida de fé e nossa disposição em viver a comunhão eclesial e o serviço ao Reino de Deus.

Nos dias 08 e 09 de novembro, encerraremos os trabalhos desta magna assembléia, colhendo as indicações e orientações que dela surgirem para a caminhada de nossa Igreja as quais serão divulgadas na Festa da Imaculada Conceição, a 08 de dezembro do corrente ano.

Duas festas marianas – a Anunciação do Senhor e a Imaculada Conceição – emolduram este processo, para que, na escola de Maria (cf. DA 270), aprendamos a cada dia, a arte de ser discípulos missionários: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra!" (Lc 1, 38). Confiantes na presença do Senhor Ressuscitado, reconheçamos os seus sinais entre nós, atentos à orientação de sua Mãe: "Fazei o que Ele vos disser" (Jo 2, 5). Dessa forma, como testemunhas autorizadas, poderemos continuar a ir e "fazer discípulos entre todos os povos" (Mt 28, 19).

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte
BHTE 08/04/2008

sábado, 5 de abril de 2008

ACIDENTE

ACIDENTE
Meu caminho todo desviado por gravíssimo acidente que levou vida da minha irmã Christina, meu cunhado Sanzio e minha prima Luciana.
Depois de avisado percorri os mais de 500 Km para chegar lá onde tudo aconteceu, Praia de Grussaí. Minha sobrinha Manuela, já orfã de pai e mãe olha em lágrimas para mim: - Deus não podia fazer isso comigo.
Silencio em meus ouvidos atentos, mar no barulho das ondas. Santíssima Trindade no mar vento noite e peço a ela que ouça o que tenho a dizer.
Aponto para o fato de não haver aí feito de Deus. A fatalidade é consequência de detalhes que surgem em nosso viver, este sim, feito de Deus. Sugiro que desloque seu raciocínio para a fé, ao invés de coloca-lo ao dispor de dúvidas intransponíveis. Deus concede a cada um de nós o fazer que fazemos. Deus dá a nós a emancipação de gestos e decisões que um dia terminam na morte. Deus dá a vida que não cessa na morte, que não cessa nunca. Deus, de sua infinita postura, coloca em nós esta semente de infinito que nasce em vida e segue após morte, em ressurreição. Não acreditar nisto é negar o Cristo que para nós cristãos é fonte de fé.
Belo Horizonte, 05 abril 2008