ACIDENTE
Meu caminho todo desviado por gravíssimo acidente que levou vida da minha irmã Christina, meu cunhado Sanzio e minha prima Luciana. Depois de avisado percorri os mais de 500 Km para chegar lá onde tudo aconteceu, Praia de Grussaí. Minha sobrinha Manuela, já orfã de pai e mãe olha em lágrimas para mim: - Deus não podia fazer isso comigo.
Silencio em meus ouvidos atentos, mar no barulho das ondas. Santíssima Trindade no mar vento noite e peço a ela que ouça o que tenho a dizer.
Aponto para o fato de não haver aí feito de Deus. A fatalidade é consequência de detalhes que surgem em nosso viver, este sim, feito de Deus. Sugiro que desloque seu raciocínio para a fé, ao invés de coloca-lo ao dispor de dúvidas intransponíveis. Deus concede a cada um de nós o fazer que fazemos. Deus dá a nós a emancipação de gestos e decisões que um dia terminam na morte. Deus dá a vida que não cessa na morte, que não cessa nunca. Deus, de sua infinita postura, coloca em nós esta semente de infinito que nasce em vida e segue após morte, em ressurreição. Não acreditar nisto é negar o Cristo que para nós cristãos é fonte de fé.
Belo Horizonte, 05 abril 2008
Um comentário:
Cadinho, Rezei muito pela sua família! Que bom a clarividência de sua fé que pode transmitir à sobrinha a segurança de que não podemos culpar Deus pelas fatalidades da Vida! Ele nos deu a liberdade e nós a usamos da maneira como acharmos melhor, porém quando acontece algum tropeço, não podemos achar que o culpado é Deus! Saiba que seus entes queridos partiram para o Coração do Deus Trindade! Abraços. Pe. Diogo
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