segunda-feira, 26 de maio de 2008

DO POSSÍVEL

Esta publicação representa início de trajetória em busca de participação maior das pessoas que por aqui passam. Não há nela nenhuma pretensão de erudição maior sobre o tema. Trata-se de texto inspirado sobre passagem bíblica e com toda liberdade poética que permito utilizar, até para que possam surgir daí comentários pertinentes ao que somos e sentimos com relação ao aqui tratado.

DO POSSÍVEL

Se devidamente arrebatados pela fé é difícil, para não dizer impossível, não considerarmos evidência desta afirmação dita por Cristo, segundo o Evangelho de Marcos.

Para Deus tudo é possível. Marcos 10,27

De fato temos nossas limitações e o caminho para que estejamos no propósito Divino com relação à vida eterna é tortuoso e por vezes difícil de ser encarado. Mas, se temos em nossos corações a presença viva de Deus e se percebemos isso com o respaldo da fé, toda e qualquer dificuldade estará amenizada. Isto porque se pensarmos na infinita possibilidade que encontramos em Deus, não será de todo impossível entender que ela coloca-se ao nosso dispor. No entanto, tão importante quanto sentir isso é não confundir a ordem das coisas, posto que em princípio nós é que devemos estar à disposição do Pai, ao invés de querer que Ele esteja ao nosso dispor. É fato que, enquanto filhos, temos sim o amparo, a proteção e benção de Deus. Mas se estamos nesta vida e neste mundo, é para que cresçamos para que então possamos até entender melhor o significado da graça em nossas vidas. Daí a necessidade nossa de enfrentar cada obstáculo, ou desafio, com altivez e firmeza de propósito, para que a nossa sintonia com Deus esteja sempre e cada vez mais nítida e acessível aos nossos sentidos.

Cadinho RoCo
Belo Horizonte, 26 maio 2008

sexta-feira, 23 de maio de 2008

O CORPO E O SANGUE DE JESUS

É o que sempre dizemos por aqui e por nossa publicação impressa. Quando a participação aparece, a situação transforma-se de maneira pra lá de evidente.

Recebemos o texto que publicamos na íntegra, do Yberê, paroquiano que já estava na nossa mira por sabermos haver nele possibilidade de contribuições como esta que aqui temos o enorme prazer de apresentar. Agora, resta-nos esperar pelos comentários de quem nos honra com visitas, que sempre inundam de alegria nossos corações.

O Corpo e o Sangue de Jesus; Mistério de Fé

Éolo Yberê Líbera

É isto que a Igreja ensina, foi assim que eu aprendi e, principalmente, é nisto que eu creio:

“No centro da celebração da Eucaristia temos o pão e o vinho que, pelas palavras de Cristo e pela invocação do Espírito Santo, se tornam o corpo e o sangue do mesmo Cristo. Fiel à ordem do Senhor, a Igreja continua a fazer, em memória d'Ele e até à sua vinda gloriosa, o que Ele fez na véspera da sua paixão: «Tomou o pão...», «Tomou o cálice com vinho...». Tornando-se misteriosamente o corpo e o sangue de Cristo, os sinais do pão e do vinho continuam a significar também a bondade da criação. Por isso, no ofertório [apresentação das oferendas], nós damos graças ao Criador pelo pão e pelo vinho (164), fruto «do trabalho do homem», mas primeiramente «fruto da terra» e «da videira», dons do Criador. A Igreja vê no gesto de Melquisedec, rei e sacerdote, que «ofereceu pão e vinho» (Gn 14, 18), uma prefiguração da sua própria oferenda(Catecismo da Igreja Católica, 1333)

Ao longo de toda sua história, a Igreja repete este magistério que consagra o grande mistério eucarístico, posto acima de nossa inteligência e da nossa limitada forma humana de pensar. Paulo VI nos ensina :

“(4) E para que ficasse bem claro o nexo indissolúvel entre a fé e a piedade, os Padres do Concílio, confirmando a doutrina sempre defendida e ensinada pela Igreja e definida solenemente pelo Concílio de Trento, julgaram dever iniciar a matéria do Sacrossanto Mistério Eucarístico por esta síntese de verdades: ‘O nosso Salvador, na última Ceia, na noite em que foi traído, instituiu o Sacrifício Eucarístico do seu Corpo e do seu Sangue, para perpetuar o Sacrifício da Cruz pelos séculos afora, até à sua vinda, deixando deste modo à Igreja, sua dileta Esposa, o memorial da sua morte e ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal, em que se recebe Cristo, se enche a alma de graça e é dado o penhor da glória futura’. (5) Com estas palavras exaltam-se ao mesmo tempo não só o Sacrifício, que pertence à essência da Missa, que todos os dias é celebrada, mas também o sacramento, no qual os fiéis comem, pela sagrada comunhão, a carne de Cristo e bebem o seu Sangue, recebendo assim a graça, antecipação da vida eterna e "remédio da imortalidade", segundo as palavras do Senhor: "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna e eu ressuscitá-lo-ei no último dia".(2)( Carta Encíclica Mysterium Fidei,(4-5)

Assim, está assente para a Igreja que o dogma da transubstanciação é uno e não comporta interpretações ou entendimentos outros que não aquele que desde a igreja primitiva acompanha este formidável mistério, herança deixada pelo próprio Senhor, em sua derradeira ceia.

Coerente com isto, não se pode admitir que o pão e o vinho somente mudem de significado e de finalidade no altar. Cristo não nos disse que aqueles alimentos significavam seu corpo e seu sangue; que simbolizavam seu sacrifício; que era apenas um mero sinal da presença. “Esta presença chama-se "real", não por exclusão como se as outras não fossem "reais", mas por antonomásia porque é substancial, quer dizer, por ela está presente, de fato, Cristo completo, Deus e homem. Erro seria, portanto, explicar esta maneira de presença imaginando uma natureza "pneumática", como lhe chamam, do corpo de Cristo, natureza esta que estaria presente em toda a parte; ou reduzindo a presença a puro simbolismo, como se tão augusto Sacramento consistisse apenas num sinal eficaz "da presença espiritual de Cristo e da sua íntima união com os féis, membros do Corpo Místico".(Paulo VI – M.F.41)

No entanto, há aqueles que ao falarem ou escreverem sobre o Mistério Eucarístico e sobre o dogma da transubstanciação, divulgam opiniões que perturbam a crença dos fiéis, “como se fosse lícito, a quem quer que seja, passar em silêncio a doutrina já definida da Igreja ou interpretá-la de tal maneira, que percam o seu valor o significado genuíno das palavras ou o alcance dos conceitos”. (Paulo VI M.F.10)

Em verdade, a transignificação e transfinalização com que a razão humana procura tornar pequena e desimportante a Santa Eucaristia somente encontra guarita nos corações dos que não se entregam, como aqueles discípulos que ao ouvirem falar de comer carne e beber sangue, voltaram as costas e abandonaram o Senhor, dizendo: “Duras são estas palavras! Quem pode escutá-las? Perguntando então Jesus se também os Doze se queriam retirar, Pedro afirmou, com decisão e firmeza, a fé sua e a dos Apóstolos, com esta resposta admirável: "Senhor, a quem iremos? Tens palavras de vida eterna!" (Jo 6,61-68 – in Paulo VI M.F.21).

De resto, importa saber que é o próprio Deus quem santifica a oblação que fazemos e não o homem que preside a celebração eucarística e que recebeu diretamente dos apóstolos o mesmo poder (ou direito) que a eles foi dado para invocar sobre as ofertas as bênçãos do Pai.

Portanto, aqueles que têm fé e a professam, aqueles que, por dever de ofício, devem ensinar a boa doutrina e proclamá-la com autoridade, sempre e em toda parte e perante todos os fiéis, estão obrigados a ela, não ensinando sua própria e pessoal “versão” daquilo em que não conseguem acreditar ou que também consideram “duras” verdades de fé.

Na solenidade de Corpus Christi, peçamos a Jesus sacramentado que desarme nossa inteligência e racionalismo e nos faça crer que aquele pão não é mais pão, que aquele vinho não mais é vinho, porém verdadeiramente são o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, dado em penhor de seu sacrifício na cruz.

(Corpus Christi, maio/2008)

Belo Horizonte, 23 maio 2008

quinta-feira, 22 de maio de 2008

PARTICIPAÇÃO

A partir daqui trato de comparecer com publicações pessoais em que liberto religiosidade existente em mim, aberta às mais diversas participações

PARTICIPAÇÃO

Pode ser que acordei assim porque hoje é dia de Santa Rita e a referência desta santa em minha vida é forte. Ela traz vibração intensa e capaz de mostrar a mim a inquietação de quem não quer ficar só na quietude de um compromisso que repudio em face do que pode e deve ser feito.

Tive a idéia da abertura deste espaço na intenção de receber mensagens, comentários, participações diversas a partir da comunidade da Paróquia Santo Antônio. Mas percebo que a comunidade não reage e se não reage ela, ajo eu.

Ao contrário da aceitação busco caminhos outros. Tenho dito que quero ir para o mar e quero sim. Mas quero também perceber a percepção das pessoas e aqui o mar mostra a mim a necessidade deste navegar.

Tal como acontece hoje, em que celebramos Santa Rita, em junho celebramos Santo Antônio. Mas não adianta ficar só no espírito da celebração, quando não sentimos o que de fato fez e faz com que Santa Rita e Santo Antônio sejam os santos que são.

Belo Horizonte, 22 maio 2008

terça-feira, 20 de maio de 2008

DOIS PONTOS E TRÍDUO DE STO. ANTÔNIO

No Brasil, celebramos em 12 de junho, o dia dos namorados

DOIS PONTOS

Agradecemos às várias manifestações de carinho e palavras de estímulo ao nosso Comunidade e Vida. É que o exemplar de maio provocou algumas tantas reações de agrado bastante expressivas. Aqui aproveitamos para pelo menos sublinhar dois pontos.

O primeiro é para que, permitam-nos insistir, procurem formalizar tais atitudes em mensagens via Internet ou até mesmo via Secretaria do nosso Centro Social, porque de lá receberemos, sem qualquer problema, tais procedimentos. Isto porque ao agirem assim estarão alcançando exatamente o que pretendem e já direi o porquê disso, que é o segundo ponto que buscamos acordar.

Todo êxito do Comunidade e Vida volta-se exatamente para a comunidade. E não vai aqui nenhum gesto de devolução e sim de extensão. Neste caso, quando temos a chance de publicar o que está formalizado, o que fazemos é dar cumprimento ao nosso propósito de intermediação.

Pensamos que a reação vinda da publicação de maio deve-se em particular a detalhe super importante, que é o da participação.

Abrimos o informativo com um texto da Carol Meyer, publicamos outro do Professor Carloni e ainda tivemos a participação do Arcebispo Dom Walmor. Neste mês de junho contamos com outras participações e queremos mais em julho e assim sucessivamente. É por aí que, como sempre diz a Ângela, estaremos pegando o espírito da coisa. Não se intimidem em transmitir o que sentem, o que podem indicar ou o que querem dizer e assim estaremos sempre e cada vez mais próximos do que pretendemos em comum.

Desejamos um belo 12 de junho aos que comemoram o dia dos namorados e a todos boas festas em celebração ao nosso 13 de junho, Dia de Santo Antônio.


FESTA DE SANTO ANTÔNIO

DIA 10 DE JUNHO

TRÍDUO PREPARATÓRIO E FESTA DE SANTO ANTÔNIO

07H30 MISSA

19H MISSA E INÍCIO DO TRÍDUO COM UNÇÃO PARA OS ENFERMOS E IDOSOS

DIA 11 DE JUNHO

07H30 MISSA

19H – MISSA E SEGUNDO DIA DO TRÍDUO.

INÍCIO DAS BARRAQUINHAS NO CENTRO SOCIAL.

DIA 12 DE JUNHO

07H30 MISSA

19H - MISSA E ENCERRAMENTO DO TRÍDUO

BARRAQUINHAS NO CENTRO SOCIAL.

DIA 13 DE JUNHO

7H – MISSA DO DIA DE SANTO ANTÔNIO.

15H – MISSA DO DIA DE SANTO ANTÔNIO – CELEBRADA POR DOM ALOÍSIO

19H - MISSA DA FESTA, NA IGREJA E PROCISSÃO.

BARRAQUINHAS NO CENTRO SOCIAL

Belo Horizonte, 20 maio 2008


quinta-feira, 8 de maio de 2008

A AVENTURA DE SER MÃE

Carol Meyer oferece em seu texto a dinâmica de uma postura sempre inquietada pelos mais sutis contrastes de situações que em suas palavras adquirem rumos surpreendeentes e não menos intrigantes.
A AVENTURA DE SER MÃE
Carol Meyer

Estou aprendendo a ser mãe há 10 anos, quando senti uma coisinha mexendo dentro de mim. Um susto, uma apreensão, mas um amor incondicional surgia junto com toda a expectativa. Tive o meu primeiro filho e começei a engatinhar junto com ele. Todas as neuroses típicas de mães de primeira viagem me afligiram, podem ter certeza. Nem por iso fui menos louca e possessiva com o Enzo, mas digamos, ele ficou mais "descolado". Quando digo louca é no sentido literal da palavra mesmo! Mãe é o ser mais irracional que Deus pôs na Terra e talvez por isso mesmo o mais isntintivo. No fim, parece que dá certo!
Mas durante essa aventura, percebi que são as pequenas grandes coisas que nos fazem merecedoras desse título de mãe. As horas intermináves de reuniões de pais nas escolas, quando todos teimam em discutir o por quê do para casa, as outras tantas horas controlando febres, ao lado do berço, angústia pura enquanto o filho não melhora, mas também nas horas mágicas e alegres de sorvetes e blusas, mãos e rostinhos lambuzados, naquele preimeiro gol, primeiro passo e primeiro mergulho, tudo que ensinamos e aprendemos juntos com essas pequenas bençãos.
Sim, pois aprendemos todos os dias e à medida que crescem fica muito mais difícil. Hoje, além de ter que saber nomes de heróis que - claro - não existiam na minha época, tenho que conhecer as "tribos" e seus costumes, afinal meu filho pode querer se aventurar em alguma delas e eu vou ter que identificar qual é a dele. E quem foi que disse que menino de 9 anos é pré-adolescente? Eles já se intitulam assim: Namoro pode? Ficar pode? Sair pode? E dá-lhe mãe!
Nosso coração deveria ser três. Um para cada fase da vida deles: o primeiro para os tombos, o outro para as namoradinhas e depois para as baladas. Na verdade deveríamos ser três: uma brincava, a outra se preocupava e a outra, finalmente, descansava. Alguém já viu mãe com cara descansada? Sem olheiras? Sem unha por fazer, raiz do cabelo pra pintar? Vaidade é outro artigo de luxo depois que parimos. Filho vira centro de tudo, do nosso universo e nos completa. Nada mais parece nos importar se aquela criaturinha, mesmo já calçando 36 faz cara de triste e se cala. Como não pirar diante dessa situação? O machucado visível é facil, sabão e mertiolate, uma sopradinha e tudo se resolve. Mas quando a dor é no coração?

É quando é mais difícil ser mãe. Estamos tão acostumadas a resolver tudo que não conhecemos a impotência. Ficamos culpadas, frustradas frente a um mundo que comete atrocidades contra nossas crianças. E sofremos caladas, choramos mansinho, escondidas de tudo, imaginando até quando vamos conseguir proteger nossos filhos. Quando apenas o nosso abraço vai ser suficiente e um sorvete no fim da tarde alegrará o resto do dia. Até quando vamos conviver com injustiças e preparar nossos filhos a viver, se frustrar e a se levantar diante de qualquer injustiça.
Ensinamos a andar, falar, a sonhar. Ensinamos limites e a conquistar o mundo. E aprendemos que, no fim, o que importa mesmo é estender; estender o sorvete, o abraço, o carinho. Estender o filme com pipoca, o parquinho, o pulo na piscina. Estender os nossos filhos, estender ser mãe, estar sempre de braços abertos, ouvidos atentos e carinho até transbordar, apesar de todo caos, apesar de todo medo, de toda angústia. Esquecer os fatos e curtir cada e todo pequeno momento. Um sorriso, aquele beijo de boa noite, um mamãe mais dengoso e no fim, quando tudo silencia, ouvimos o melhor do dia:- mãe, te amo!
Parabéns às companheiras dessa louca e linda aventura!
Belo Horizonte, 08 maio 2008

segunda-feira, 5 de maio de 2008

41 ANOS

41 ANOS

Não tenho dúvida em afirmar ser o jornal, ou informativo, Comunidade e Vida, dos mais antigos em circulação, de Belo Horizonte. Não tenho a informação de todos os informativos que circulam por todas as Paróquias de Belo Horizonte, mas tenho a certeza de que não é fácil e nem simples manter por 41 anos esta chama acesa. E digo isso porque neste maio 2008, o Comunidade e Vida comemora mais um aniversário.

Das pessoas que por ele já passram nem é bom querer contar porque seria trabalho árduo, muito embora haja sim na OSCOPSA o arquivo de todos os exemplares. O tamanho e formato do jornal, ao largo do tempo, foi sofrendo mudanças, bem como seu conteúdo que atualmente, para felicidade nossa, tem sido motivo até de discussão. O que é ótimo, porque ao menos assim o jornal demonstra despertar interesse, muito embora seja evidente sua carência por colaboradores(as), que por motivo ou outro preferem ficar à margem das publicações. O que também ocasiona comentários não menos temperados de que vivemos momento centralizador e coisa e tal. O que também é maravilhoso porque se assim não fosse é bem provável que nem estariamos aqui hoje celebrando esses 41 anos de existência do jornal.

Fato é que falar é fácil e polemizar é bom sobretudo porque estas são formas de participação também e o que queremos e buscamos sempre é justamente a tal da participação. Se surgissem em forma de comentários escritos ou até mesmo por meio de artigos, seria melhor ainda porque assim teríamos como mostrar tais participações devidamente identificadas, naturalmente. Aliás, a omissão não é expediente próprio da história da nossa Igreja que por séculos e séculos demonstra isso, seja por intermédio dos seus mártires que chegaram até a colocar suas vidas ao dispor do que tinham a dizer, ou das tantas atitudes a arrepiarem a opinião pública exposta a debates e contradições sem fim.

O bom é que com a graça de Deus e sob inspiração do quanto representa de fato o nosso Padroeiro Santo Antônio para a nossa Igreja é que aqui estamos para oferecer o que temos e podemos fazer com paciência, determinação e trabalho, porque se pensam não ser trabalhoso colocar cada exemplar desse nas mãos de cada um de vocês, sinto em afirmar estarem totalmente equivocados.

Que a graça de Deus esteja sempre iluminando nossos passos e a sua participação.. Cada um faz o que e como pode, acreditamos nisso.
Belo Horizonte, 05 maio 2008

terça-feira, 22 de abril de 2008

APLAUSO SONORO

APLAUSO SONORO
Em 1993 surgiu na nossa Paróquia Santo Antônio, biblioteca de cunho religioso idealizada pelo então Pároco, Padre Hélio.
Em conversa com a Sany, merecedora do mais sincero reconhecimento por sua indiscutível dedicação e carinho pela biblioteca, a evidência de uma pessoa que cumpriu e cumpre de maneira exemplar sua missão. Ela e todos que com ela participaram desses 15 anos em que foram obtidos mais de 2000 títulos somando mais de 3000 exemplares doados pela comunidade. Trabalho belíssimo que não termina com o fim da biblioteca, posto que todo este acervo continuou por merecer o fiel zelo da Sany. Ela então, de maneira criteriosa, distribuiu os livros doando-os para entidades culturais e para onde eles serão úteis e bem cuidados. Toda esta mobilização termina por ocasionar reações diversas. A própria Sany não esconde sua tristeza e pesar pelo término da biblioteca, mas com a sabedoria de quem consegue entender todo esse processo. Se a biblioteca tornou-se ociosa por falta de divulgação, tese defendida pela Sany, há também o entendimento de que mesmo com maior divulgação seria temerário afirmar que ela viesse a sobreviver. Esta é realidade que, a propósito, não limita-se à nossa Paróquia.
É mais do que sabida a falta de interesse da nossa população pela leitura. É mais que evidente a constante manobra das editoras em buscar recursos para sobrevivência de suas atividades. No processo editorial brasileiro é notícia corrente a busca por publicações ditas de bolso, com preços mais acessíveis e material menos sofisticado, para não falirem. Isto porque estamos em um país que não lê, que lê pouco ou, o que é pior, lê mal.
Qual de nós vê, ouve ou dá notícia de alguma campanha publicitária robusta desta ou daquela biblioteca? Está bem. Uma campanha menor, mais discreta. Pois é. Daí é que podemos perceber ser este um traço triste e sombrio da nossa cultura. Somos isso assim mesmo.
Pessoas como a Sany sofrem por saberem o que de fato isso representa. E neste sentido permito-me inclusive a considerar o fim da biblioteca da nossa Paróquia, como um bem, até pelo respeito que devemos dedicar aos livros e autores que dão vida e sentido à nossa literatura, para não dizer do esforço e paciência da Sany. O fim da biblioteca faz por merecer agora uma leitura maior de cada um de nós.
Você Sany, com ou sem biblioteca é uma heroína. O seu recado está dado. Resta a nós percebe-lo e por ele refletirmos o quanto é importante a leitura para nossa formação e crescimento. Receba pois, em agradecimento, nosso caloroso aplauso.
DOM WALMOR
Está marcada para o próximo 30 de maio seção em que o nosso Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor, tomará posse como membro imortal da Academia Mineira de Letras. Ele irá ocupar a cadeira deixada pelo também Arcebispo, Dom Joáo de Resende Costa.
Belo Horizonte. 22 abril 2008